Definição de mercado
O “mercado” é formado pelo conjunto das relações econômicas que são travadas por ofertantes (Of) e demandantes (D) em torno de um dado produto/serviço e em certo período de tempo. Sendo, portanto, onde se realizam as transações, ou seja, onde os compradores (demandantes) de mercadorias – bens ou serviços – se encontram com os vendedores (ofertantes) das mesmas com a finalidade de adquiri-las. Podendo ser tanto um espaço materializado/físico, como numa feira, como o imaterial da internet.
Demanda:
fatores determinantes e Lei Geral da Demanda.
A demanda é
formada pelo conjunto dos agentes econômicos que vai ao mercado em busca dos
bens e serviços que necessitam/desejam a fim de satisfazerem suas necessidades,
frente sua renda limitada, em certo período de tempo.
Um dos fundamentos
da análise da demanda, ou procura, é o seu caráter subjetivo representado pelo conceito
de “utilidade”. A utilidade (valor de uso) é um conceito que busca quantificar
a subjetividade presente nas escolhas feitas pelos consumidores, a partir do
valor atribuído a fatores como qualidade, preferências e a satisfação que os
consumidores atribuem aos bens e serviços, variando de consumidor para
consumidor ou de grupo de consumidores.
Por exemplo,
consumidoras, em geral, estão mais propensas a destinarem maior parcela da sua
renda para cosméticos, que consumidores, uma vez que mulheres atribuem maior
utilidade (valor de uso) para estes bens.
Lei Geral da Demanda (LGD)
É dada a partir da relação entre a quantidade procurada e o preço do bem.
Onde a quantidade que é demandada do bem ou serviço varia
de forma inversa (negativa) as variações realizadas no preço deste bem, coeteris paribus. Assim, se o preço (p) sofre
uma redução as quantidades demandadas (qd) deste bem tendem a se
elevar, mas, se ao contrário, o preço se eleva as quantidades demandadas se reduzem.
Vale ressaltar que a curva de demanda ou curva de procura revela as preferências dos consumidores, sob a hipótese de que estes estão maximizando sua utilidade ou grau de satisfação no consumo daquele produto, frente sua renda que é limitada.
Variáveis
que afetam a demanda por um bem
-
Preço do bem (Px)
- Renda
dos consumidores (R);
- Preços
dos demais bens (Pz)
º Bens
substitutos ou Bens concorrentes;
º Bens
complementares;
- Preferências
e hábitos dos consumidores (H).
→ Condição “coeteris paribus”: expressão de origem latina que significa “tudo
mais permanecendo constante” representa uma condição metodológica que é
utilizada na economia para restringir a análise aos fatores desejados. Na
microeconomia tem por objetivo isolar as demais variáveis que afetam a demanda
e evidenciar como o preço (Px) interfere nas quantidades demandas (qd) ou
analisar um único mercado considerando que os demais não se alteram (análise do
equilíbrio parcial).
São bens que atendem as mesmas
necessidades que outros e suprem igualmente as funções do bem que foi
substituído. Nestes casos, há uma relação direta entre o preço de um bem e a
quantidade de outro, tudo mais constante.
Exemplo: Um aumento do preço da
gasolina faz com que a demanda por álcool combustível se eleve, tudo o mais
constante.
Estes são bens que tem o seu
consumo associados ou, mesmo, condicionados ao consumo de outro bem, atuando de
forma complementar ao seu consumo. Fazendo com que haja uma relação inversa
entre o preço de um bem e a demanda de outro.
Exemplo: quantidade de
automóveis e preço da gasolina, ou seja, se o preço do automóvel aumentar a
quantidade demandada de gasolina diminuirá.
São bens de qualidade e preços
inferiores, que passam a ser consumidos devido perda de poder aquisitivo por
parte dos consumidores. Se a renda dos consumidores se reduz a demanda destes
produtos se eleva, mas com a retomada do poder de compra a sua demanda diminuirá,
tem-se um bem inferior.
Exemplo: carne de segunda
versus carne de primeira.
Representação
Gráfica:
Oferta: fatores determinantes e Lei Geral da Oferta
Oferta de mercado são as várias quantidades de bens e serviços que os produtores/fornecedores desejam oferecer ao mercado em determinado período de tempo em busca do lucro máximo.
Oferta de mercado são as várias quantidades de bens e serviços que os produtores/fornecedores desejam oferecer ao mercado em determinado período de tempo em busca do lucro máximo.
Fatores determinantes da
oferta
A oferta depende de vários fatores dentre
eles, do preço do bem em questão, dos demais preços, do preço dos fatores de
produção, das expectativas dos empresários, do número de empresas no mercado e
da tecnologia.
- Preço do bem (Px)
- Preços dos Insumos (Pi)
custos dos fatores de produção (matérias-primas, salários, preço da
terra);
- Alterações tecnológicas (T);
- Expectativas dos empresários e aumento do
número das empresas no mercado (E).
Objetivo da firma
Partindo-se de uma análise tradicional, o
empresário sempre busca maximizar o lucro total, otimizando a utilização de
todos os recursos que dispõe.
Lei Geral da Oferta (LGOf)
A função oferta mostra uma
correlação direta (positiva) entre oferta do bem e serviço e os seus níveis de
preços, tudo o mais constante. Se o preço de um bem aumenta haverá uma expansão
na quantidade ofertada, devido maior expectativa em obter um ganho maior e mais
rápido.
Características da Curva de oferta
Se o preço (Px) de um bem aumentar isto estimulará as
empresas a produzirem mais, buscando aumentar a sua receita. Uma vez que para
os ofertantes o resultado das suas atividades só pode ser plenamente conhecido
após a colocação do seu produto no mercado.
O lucro (L) é o resultado
obtido da confrontação da sua receita (ou vendas) total com os seus custos
totais (CT). Assim, L = RT – CT. E a receita total (RT) é obtida a partir dos
preços (p) e das quantidades vendidas (q): RT = p x q.
→ Vale ressaltar que a relação entre a
oferta e os custos dos fatores de produção é inversamente proporcional.
Exemplo: um aumento nos
salários, tudo o mais constante, provoca um aumento nos custos variáveis da
empresa, o que pode levar a retração da oferta do produto, caso seus preços não
sejam elevados.
Porém, uma melhoria tecnológica
é diretamente proporcional, ou seja, tudo o mais constante, aumenta a
produtividade (quantidade produzida por recurso empregado) e reduz os custos, provocando
a expansão da quantidade oferta (qof).
Representação
Gráfica:
Equilíbrio de Mercado
A Lei de Oferta e da Procura: tendência ao equilíbrio
A Lei de Oferta e da Procura: tendência ao equilíbrio
O equilíbrio no mercado é
definido como o ponto em que a um dado preço, preço de equilíbrio (p*), as
quantidades demandadas e ofertadas se igualam (qd = qof),
encontrando-se a quantidade de equilíbrio (q*), ou seja, o único ponto que
pertence tanto a curva de demanda, quanto a curva de oferta.
Para qualquer
preço diferente do preço de equilíbrio (p*), teremos um valor para quantidade
demandada (qd) e outro para quantidade ofertada (qof). Pois,
a um preço menor que p* a quantidade ofertada se encontra abaixo daquela de
equilíbrio e tem-se uma situação de escassez do produto, dado que as
quantidades demandadas serão maiores que as ofertadas, o que promoverá uma
elevação de preços, promovendo o aumento da quantidade ofertada, até atingir-se
o equilíbrio.
Entretanto, se
o preço estiver acima de p*, haverá maiores expectativas de ganhos por parte
dos ofertantes (fornecedores), expandindo a quantidade ofertada para acima do
ponto de equilíbrio (p*; q*), gerando um excedente de produção, o que resultará
numa competição entre os produtores, conduzindo a uma redução dos preços ou na
quantidade ofertada, até que se atinja o ponto de equilíbrio.
Desta forma,
quando há competição, tanto dos compradores (demandantes) quanto dos vendedores
(ofertantes), há uma tendência natural (mão
invisível) no mercado para se chegar a uma situação de equilíbrio.
Representação
Gráfica:
Esta representação gráfica possui a única função de demonstrar como em um mercado funcionando livremente (livre mercado), com ofertantes e demandantes atuando em igualdade de condições e com concorrência, o “equilíbrio de mercado” é o ponto natural.
Cada equação
representa o comportamento de um dos agentes econômicos (Of ou D) de acordo com
as informações levantadas no mercado, podendo, portanto, apresentar qualquer
valor numérico. Desta forma, para um dado preço qualquer, teremos uma
quantidade demandada e outra ofertada. Por exemplo:
- se P = 20,00 → Of = 25 + 1,5(20) = 25 + 30 =
55 e
D = 275 – 0,5(20) = 275 – 10 = 265 → Assim, podemos verificar que ao
preço de 20,00 há uma demanda maior que a oferta (265 > 50), o que resultará
em escassez e promoverá um aumento de preços (mantidas as condições de autoajustamento).
Como no
equilíbrio qd = qof a um dado e único preço (preço de equilíbrio –
p*), basta igualar as equações de demanda e oferta para encontrarmos o p* (para
equações onde o preço é a constante e a quantidade é a variável, encontramos primeiro
a quantidade de equilíbrio) e depois substituir o valor de p em uma das equações
(como é uma igualdade, tanto faz se for de D ou de Of) para calcular a q*.
Demonstração
matemática:
Of = 25 + 1,5P e D = 275 – 0,5P
25 + 1,5P = 275 – 0,5P → 1,5P + 0,5P = 275 – 25 → 2P = 250 → P = 250/2
(ou seja, ao preço de $125,00
a qd = qof ). Em seguida, substituímos o valor encontrado
em uma das equações para encontrar a quantidade de equilíbrio (q*) → Q = 25 +1,5(125)
→ Q = 25 + 187,5 = 212,5
em uma das equações para encontrar a quantidade de equilíbrio (q*) → Q = 25 +1,5(125)
→ Q = 25 + 187,5 = 212,5
→ Assim, o ponto de equilíbrio para este mercado: (125;212,5). Isto é, ao preço de 125
são ofertadas e demandadas a quantidade de 212,5.
são ofertadas e demandadas a quantidade de 212,5.
Ficou muito bom! (...) Vai a judar muito.
ResponderExcluirÓtimo Glaucia! Este é meu objetivo. Att, Marcelo Leite
ResponderExcluir